segunda-feira, 22 de junho de 2009

Terra tão querida de 348 anos






Minha terra tão querida,
Meu encanto, minha vida,
Santarém do meu amor,
Deus te deu tanto riqueza,
Enfeitando a natureza
Que inspira o teu cantor.
Que saudade a gente sente
Quando está da terra ausente!...
Dá vontade de chorar...
Vê-se o rio cristalino,
“Rocha Negra” e “Diamantino”
Desfilando no pensar!...








Quando à noite a lua cheia
Vem brilhar na branca areia
Da formosa “Salvação”,
O cantor faz serenata,
Entre o rio e a verde mata,
Ponteando o violão!...
E se a noite está serena
Vai cantando até a “Lorena”,
Que saudade isto me traz!...
Recordando os teus encantos
Dos meus olhos correm prantos.
Recordar é sofrer mais.

Vi em sonhos encantados
Teus eternos namorados:
Amazonas, Tapajós.
Paralelos no caminho
Disputando o teu carinho
Numa luta tão feroz.
“Ponta Negra” entre os dois rios
Tem suaves amavios
Que eu recordo a soluçar...
Santarém fica defronte,
E as catraias formam ponte
Que ao “Trapiche” vai chegar!...

Os versos são de “Terra Querida” (1961), que tem letra e música de Wilson Fonseca, o imortal Maestro Isoca.
Fotos: Ronaldo Ferreira

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