domingo, 7 de junho de 2009

Médicos são pagos sem critérios justos


Pagamentos de salários sem critérios justos ,onde poucos ganham muito e muitos ganham pouco. Médicos burocratas, que não colocam as mão nos pacientes recebem mais do que aqueles que ficam no Hospital Municipal atendendo aos pacientes, tem sido uma constante na folha de pagamento da Secretaria de Saúde.
A prefeitura tem que enviar urgentemente para a Câmara um plano de cargos, carreira e vencimentos para acabar com essa discrepância salarial e os profissionais possam receber um salário justo de acordo com a carga horária trabalhada em prol do atendimento a população.

Por Alailson Muniz
Emanuel Silva recebia R$ 13 mil sem trabalhar
O médico ortopedista Emanuel Silva (foto), ex-secretário de Saúde de Santarém e atual ex-assessor da pasta, recebia sem trabalhar R$ 13.890,00. Como plantonista, ele estava na folha de pagamento de uma Cooperativa Médica de Recife, contratada da Semsa (Secretaria Municipal de Saúde) desde a sua gestão.

O detalhe é que o ortopedista nunca tirou plantão no Pronto Socorro Municipal.

A denúncia foi feita ontem, à noite, com exclusividade pela segunda edição do Jornal Tapajós (TV/Tapajós- Rede Globo).

Na reportagem, assinada pela repórter Wal Nascimento, Emanuel Silva disse que prestava serviço para a Semsa: era assessor. Só não especificou o que fazia. No entanto, ele já pediu demissão.

“Estou trabalhando como assessor no prédio da Secretaria”, disse Emanuel á repórter.

A pergunta que não quer calar é: porque Emanuel recebia o salário milionário pela Cooperativa se era assessor da Semsa, e, portanto, deveria está na folha da Secretaria. Ou será que ele estava lá também?

De acordo com a reportagem, a Cooperativa recebe R$ 500 mil dos cofres públicos do município. A repórter teve acesso a folha de pagamento do mês de abril e revelou que 10 médicos recebem salários acima de R$ 20 mil. Só não disse os nomes. Assim poderíamos saber se eles prestam realmente os serviços para os quais são pagos.

Ainda na reportagem, o médico anestesista, Telmo Moreira, levanta outra denúncia. A de que acadêmicos de medicina estariam sendo contratados como médicos para trabalharem no Pronto Socorro Municipal. Segundo ele, seria “para ser mais barato e sobrar dinheiro”.

“Há poucos dias um dos plantonistas negou a atestar o óbito. Teria de ter assinando e não quis fazer isso”, disse Telmo Moreira.

A fala do médico indica que há um esquema de desvios de recursos públicos dentro da Semsa.

O Secretário de Saúde, José Antônio Rocha, disse que os médicos têm altos custos porque são de Belém e que falta profissional no mercado. Segundo ele, a contração ocorreu para suprir a demanda da urgência e emergência do Pronto Socorro. Rocha no entanto não falou sobre a situação de Emanuel Silva.

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