Do Jornal A Gazeta /MT
O juiz confirmou ontem(11/08) em entrevista ao jornal A Gazeta que determinou o repasse dos recursos a uma conta especial a ser administrada pela Justiça Federal. A decisão ocorreu na segunda (10) e foi no mesmo dia em que o prefeito determinou à Caixa Econômica Federal (CEF) a suspensão de todos os pagamentos às empreiteiras que realizam as obras em Cuiabá.
Aparecido Alves, que é coordenador do PAC em Cuiabá, afirma receber com tranquilidade a decisão do juiz, mas admite a possibilidade de ocorrer mais demora para conclusão das obras. O prefeito previa concluir o projeto até julho do ano que vem, mas já recuou e trabalha com a possibilidade de adiar o prazo para setembro, data limite estipulada pelo governo federal. Ao todo, Cuiabá receberá R$ 240 milhões para obras de infraestrutura e saneamento.
"Para a Prefeitura não há problema no fato dos recursos serem repassados para essa conta. Quanto mais pessoas cuidando da correta aplicação do dinheiro é melhor, mas isso deve acarretar em uma demora porque deverá abranger principalmente a parte final, que é a de pagamento", pondera Cido.
Paralisação - Empreiteiras responsáveis pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá suspenderam ontem serviços em seis dos sete lotes das obras. A suspensão se deu um dia depois de deflagrada a operação da Polícia Federal que prendeu 11 pessoas acusadas de fraudar licitações e ocorreu ao mesmo tempo em que o juiz Julier Sebastião da Silva anunciou que os recursos do projeto não serão mais repassados diretamente à Prefeitura, mas sim a uma conta administrada pela Justiça Federal.
Cinco dos 11 presos pela Polícia Federal através da operação Pacenas impetraram ontem pedidos de habeas corpus na tentativa de deixar a prisão em Cuiabá. Os recursos foram apresentados junto ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília.
Os advogados Ulisses Rabaneda e Huendel Wender ingressaram com pedidos de HC em favor do procurador-geral de Cuiabá, José Antônio Rosa, da presidente da Comissão de Licitação da Prefeitura, Ana Virgínia de Carvalho e do empresário e ex-prefeito de Cuiabá, Anildo Lima Barros. O advogado Antônio Edson de Figueiredo ingressou com o recurso em favor de Luiz Carlos Richter, empresário e presidente do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon).
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