segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Toffoli, Lula erra (mas ele deve ter seus motivos…

Do muito pelo contrario

Ao repetir FHC qdo escolheu Gilmar Mendes (sob pesadas críticas, principalmente do PT). Ao indicar seu AGU pro STF, o Lula erra mais uma vez. O que o Supremo precisa é de juristas progressistas, com grande conhecimento juridico, mas principalmente, com um pé na nossa realidade social.

Nada contra o Toffoli, ele pode ter todas essas caracteristicas, mas já entra “devendo“. Ainda mais com a “benção” do Gilmar Mendes, pois será uma pedra sepulcral sobre todas as críticas que ele sofreu até agora.

Pra piorar a mídia vai fazer o seu tradicional samba do crioulo doido em cima da noticia de que ele foi condenado em 1ª instância (o que não significa nada, mas…e daí?).

Sem contar o risco de mais uma derrota no Senado só pra desgastar o Governo, afinal a luta pelo poder é permanente, e as oportunidades para desgastar um presidente (absurdamente) popular, são raras. Bem, não tem amadores nesse jogo, eles devem “ter combinado com os russos”. O problema ai, é “acreditar nos russos”.


Mas está claro que o Toffoli vai com uma missão. Ajudar o Governo no julgamento do Mensalão. Obviamente, deve ser por isso que o Lula está aceitando essa indicação. A pressão de quem está envolvido pode estar sendo grande. Mas a esperteza come o esperto. Quero ver ele no dia de votar na frente do Joaquim Barbosa. Alias o Gilmar Mendes já decidiu (??) que ele não pode votar no caso do Battisti. Então, sendo ex-advogado do PT, como poderia votar no Mensalão?

Tenho minhas dúvida que vai ser assim tão simples. Acho que vou lançar um curso básico de “Física aplicada à Política Contemporânea”.

Jornal do Brasil – Coisas da Política – Tales Faria, Rodrigo de Almeida, Mauro Santayana e Villas-Bôas Corrêa
(…)
Toffoli

O presidente Lula indicou ao Senado, para a vaga do ministro Carlos Menezes Direto no STF, o jovem advogado José Antonio Toffoli. O presidente comete o mesmo erro que cometeu seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, com a indicação do ministro Gilmar Mendes. A única diferença é a de que Gilmar servira a Collor e a Fernando Henrique, e Toffoli tem servido ao PT e ao presidente. Para tornar ainda mais semelhante o ato, tanto Gilmar como Toffoli atuaram no mesmo cargo, o de advogado-geral da União. Faltam-lhe, como faltaram a Gilmar, os dois requisitos constitucionais básicos, o da presumível imparcialidade e o do notório saber, que no caso dos juízes, vai além do conhecimento do direito, e exige também o convívio com os problemas humanos conforme apontou Obama, na indicação da juíza Sottomayor.

O STF – como os outros poderes – passa por fase histórica crítica, diante de decisões que o senso comum não aceita. A sociedade esperava a indicação de alguém com boa experiência na magistratura, maturidade de vida, e incontestável saber jurídico, como os nomeados, até agora pelo atual governo. Apesar da força do presidente Lula, ele pode ser surpreendido. O Senado está ansioso por um beau geste que melhore a sua imagem

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