Santarém é do Tapajós, nunca foi do Pará. Aqui só é Pará para cobrar IPVA, ICMS e royalties dos grandes projetos minerais.
A nossa existência deve-se a força do nosso povo que trabalha, gera emprego, gera renda e produz para sobreviver, faz isso de formar independente do Império da capital , que só sabe explorar o povo dessa região deixando Santarém e o Oeste do Pará no abandono.
O que o Pará nos oferece são as migalhas do poder. Não temos um terminal hidroviário, nossas ruas são esburacadas, o esgoto é a céu aberto, o nosso aeroporto é pequeno e desconfortável, a nossa rodoviária é num buraco , nas nossas torneiras não tem água, na estrada para Alter do Chão que foi recentemente eleita a praia mais bela do Brasil falta pavimentação asfáltica de qualidade e compromisso de quem governa esse estado, pois se fosse a estrada que leva os Belenenses pra Mosqueiro ou pra Salina o governo do estado já teria mandado arrumar.
O hospital do Mojuí não funciona, não temos estrada pavimentada que nos ligue à capital do estado, quando realizam concurso, marcam as provas para Belém, pois assim já excluem logo o pessoal daqui.
Semana passada levaram o São Raimundo para um julgamento e o julgador puxou de um envelope a sentença que havia feito em casa, antes mesmo de ter ouvido as partes. Foi mais uma manobra da capital do Império contra a Santarém colônia, pois não se contenta mais em só nos roubar as nossas riquezas , os nossos sonhos, as nossas esperanças, tentaram nos roubar também o nosso sonho em ver no Colosso do Tapajós o nosso time jogar, vencer e ser campeão. Armaram no julgamento somente com o interesse em beneficiar o Clube do Remo ,time da capital. Porque para a elite imperial desse Pará, é difícil de aceitar uma final do campeonato paraense com um time vindo do interior colônia, para eles tem que ser RE X PA.
Nos acusam que queremos dividir o Pará, porém quem já dividiu o Pará foram eles. Dividiram em um Pará desenvolvido e outro sem desenvolvimento, um Pará com rodovias asfaltadas e outro com rodovias esburacadas, um Pará que explora e outro que é explorado, um Pará que oprime e outro que é oprimido, um Pará lembrado e outro que abandonado, um Pará que recebe investimento e outro que caiu no esquecimento.
O Estado do Tapajós já existe, é o mesmo Pará do Oeste abandonado pela capital, por isso temos que criar logo a nossa bandeira , o nosso hino, antes mesmo de ocorrer o plebiscito para a criação do novo estado.
Nélio Aguiar- Vereador Presidente da Câmara Municipal de Santarém
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