Os 14 vereadores santarenos e os convidados padres Edilberto Sena e José Cortes, da Frente de Defesa da Amazônia e representante do bispo da diocese de Santarém, Dom Esmeraldo, respectivamente; além de Conceição Menezes, presidente da Unecos e Jorge Coutinho, da Famcos; foram unânimes em lamentar e criticar a ausência dos representantes da Eletronorte e da Agência Nacional de Energia Elétrica, na sessão especial desta terça-feira, 13, solicitada através de requerimento pelo vereador Nélio Aguiar, que objetivou debater o projeto do Governo Federal de implantar sete hidrelétricas no rio Tapajós, sem sequer consultar os povos e lideranças da região.
O vereador Nélio Aguiar (PMN), lamentou que o Governo Federal tenha tanto dinheiro, cerca de 53 bilhões de reais, para gastar com o tal projeto das hidrelétricas, em detrimento a pobreza imposta ao povo da Amazônia, sem direito a educação, saúde e estradas para. “Nós precisamos que o projeto das hidrelétricas venha pelo desenvolvimento sustentável da nossa região e não simplesmente para atender interesses comerciais de outros estados”, afirmou.
O presidente da Câmara José Maria Tapajós (PMDB), considerou a Sessão Especial, como uma oportunidade proporcionada pelo Legislativo municipal a sociedade civil organizada, para levantar o debate sobre a implantação das hidrelétricas no rio Tapajós.
“Em muitos casos há assuntos referentes a nós da Amazônia, que são discutidos em âmbito nacional, em Brasília e quando se discute megas projetos para o país, temos que pensar não só no desenvolvimento, mas também nas conseqüências. Afinal de contas, de repente, pode ficar só as conseqüências para os amazônidas”, arrematou Tapajós.
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